Meu Deus eu Creio, Adoro, Espero e Amo-Vos. Peço-Vos perdão para todos aqueles que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam.

Translate

English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified
Formação Católica
Mostrando postagens com marcador Pecado. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Pecado. Mostrar todas as postagens

03 novembro 2016

O PECADO, OFENSA A DEUS



O PECADO, OFENSA A DEUS


INTRODUÇÃO:

Conta-se de São João Crisóstomo que “Arcádio, imperador de Constantinopla, instigado por sua esposa Eudóxia, quis castigar o santo. Cinco juízes propuseram diversos castigos: Mandai-o ao desterro, disse um. Tirai-lhe os bens, acrescentou outro. Metei-o na prisão, acorrentado. Tirai-lhe a vida. O último, por fim, disse ao imperador: Se o mandais ao desterro estará contente, sabendo que em todas as partes Deus estará com ele; se lhe despojais de seus bens, estareis prejudicando não a ele, mas aos pobres; se o encerrais em um calabouço, beijará as correntes; se o condenais à morte, estareis abrindo para ele as portas do céu…. Fazei-o pecar: É a única coisa da qual ele tem medo”.

Deveríamos perguntar-nos se, assim como São João Crisóstomo, tememos o pecado como o pior mal que pode nos atingir.


IDÉIAS PRINCIPAIS:

1.Nascemos inclinados ao pecado
O ser humano nasce com o pecado original, privado da graça de Deus; a ainda que este pecado seja perdoado pelo batismo, permanece em nós a inclinação desordenada da concupiscência. A vontade se encontra debilitada, e obscurecida a inteligência; além disso, o mundo procura seduzir-nos com seus bens enganosos, e o demônio nos tenta. A estas diversas instigações que nos empurram ao mal – desde dentro e desde fora do ser humano – nós as chamamos de tentações.

2. Podemos resistir às tentações
Deus permite a tentação para provar-nos. Jesus Cristo quis ser tentado pelo demônio, mas Ele o repeliu: “Afasta-te, Satanás…” (Mateus 4,10). Com a graça de Deus sempre podemos vencer a tentação. Quando chega, devemos orar e resistir: orar seguindo o conselho que nos deu Jesus Cristo: “Vigiai e orai para não cairdes em tentação” (Mateus 26,41), e resistir valentemente fugindo da ocasião e de quem nos induz a pecar.

3. O consentimento gera o pecado
Muitas vezes não escutamos as advertências do Senhor e consentimos no mal da tentação. Falhamos contra Deus – contra a sua vontade – ofendemos voluntariamente a lei de Deus, pecamos contra Deus.

Para cometer um pecado grave, é necessário:

· que a coisa em si seja um mal (ou se acredite que seja um mal);
· saber que, consentindo neste mal, o que se faz é uma ofensa a Deus, porque se vai contra a sua vontade;
·consentir naquele mal – fazendo ou omitindo o que se deve fazer – mesmo sabendo que fazemos o mal e ofendemos a Deus tanto com o pensamento ou o desejo (pecado interno), como com a palavra ou obra (pecado externo).

4. O pecado mortal é uma ofensa grave a Deus

Quando e comete um pecado mortal, ofende-se gravemente a Deus, porque Ele nos declarou sua vontade sobre nós – a primeira condição do pecado mortal é que exista mandamento ou preceito grave -,   e o ser humano a despreza com plena liberdade. Ofende-se, pois, a Deus e gravemente, como grave é o preceito que se infringe. Mas o pecado se volta também contra o ser humano, que perde a vida da graça, deixa de ser filho de Deus e se faz réu do inferno. Por isso, é preciso sair o quanto antes desta situação de pecado mortal, confessando-se rapidamente; entre tanto, é preciso procurar fazer um ato de contrição perfeito, com verdadeira dor pelo pecado cometido.

5. O pecado venial é ofensa leve a Deus

Às vezes, sem deixar de amar a Deus, o cristão se deixa arrastar pelas paixões em coisas que não infringem totalmente os mandamentos, mesmo que desagradem a Deus, se faz sem suficiente conhecimento ou sem perfeita voluntariedade. Neste caso, o pecado é chamado de venial ou leve, porque não faz perder a graça e a amizade com Deus; mas debilita a vida sobrenatural e põe em perigo de chegar a cometer pecados graves. O pecado venial não faz réus do inferno, mas sim do purgatório. Por ser ofensa a Deus e pelos danos que acarreta, um mínimo de sentido de responsabilidade deve nos induzir a evitar com todo o empenho também o pecado venial. É preciso ter horror ao pecado venial deliberado!

6. Deus misericordioso perdoa o pecado

Nunca esta verdade deve servir como pretexto para pecar, mas sim, como motivo de esperança e estimulo para a conversão. Deus não abandona o ser humano, nem sequer quando o tenhamos ofendido, mas, pelo contrário, “aguarda pacientemente” para nos perdoar no sacramento da Penitência, “não querendo que ninguém pereça, mas que todos venham à penitência”, como ensina o Apóstolo São Pedro.

7. PROPÓSITOS DE VIDA CRISTÃ:

·Lutar  com esforço contra o pecado e contra as tentações que incitam a pecar.
·Rezar cada noite “Confesso a Deus….”, ou o Ato de Contrição, pedindo perdão pelos pecados.

24 fevereiro 2016

O HOMEM QUE NUNCA HAVIA REZADO



"O celebre novelista argentino Hugo WAST enviou este escrito para uma revista literária mexicana – Abside – em 1957. Até onde sabemos, parece que apenas foi publicado nesta revista não aparecendo em nenhuma de suas obras, pelo que cremos que é praticamente inédito. 



O HOMEM QUE NUNCA HAVIA REZADO

Ia morrer: No sorriso artificial de todos, que tratavam de enganá-lo anunciando-lhe uma próxima melhora, via que ia morrer.

Não tinha fé, nem caridade, nem esperança.

Nunca havia rezado e se jactava disso, como de uma façanha; não tinha apego à vida, nem temor da morte.

Dentro de uma hora, de duas, no máximo três, deixaria de viver.

Pediu que se afastassem para dormir um pouco e fechou os olhos.

Queria espiar os mínimos detalhes de seu próprio perecimento: uma imensa curiosidade; algo pueril, incrível.