Meu Deus eu Creio, Adoro, Espero e Amo-Vos. Peço-Vos perdão para todos aqueles que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam.

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Formação Católica

03 outubro 2017

AMADURECIMENTO INTERIOR - SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS

Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, eu confio em Vós!

Durante o tempo do postulantado, havia sido encarregada do vestuário do convento; também tinha de varrer uma escada e um dormitório, e devia arrancar o mato que crescesse no meio da grama do jardim. Logo após a tomada de hábito passou para o serviço do refeitório, sob as ordens diretas da irmã Inês - Paulina - , a quem continuava a não dirigir uma palavra sequer por iniciativa própria. Pouco treinada nos trabalhos domésticos e menos robusta do que parecia, era frequente que esses serviços lhe custassem, embora o escondesse da sua superiora.

Acrescentava ao seu trabalho normal s tarefas extras que se apresentavam, as mais desagradáveis, as menos procuradas pelas suas companheiras: no inverno, a lavagem das roupas, feita com água fria - o que lhe causava queimaduras e gretas na pele (aliás, sofria muito com o frio, coisa que só se veio a saber depois da sua morte); e no verão, coar a barrela utilizada no branqueamento das roupas, no interior da lavanderia superaquecida; Teresa conta-nos que, certa vez, uma companheira desajeitada a salpicou com essa água suja, e que não fez o menor gesto de contrariedade.

Chegou a ser capaz de reprimir qualquer movimento que pudesse atrair a atenção sobre a sua pessoa: não enxugava o suor, não esfregava as mãos, não arrastava os pés, dominava qualquer tentação de claudicar, afim de que ninguém suspeitasse que sentia calor ou frio, ou que estava com alguma dor. Fixava as suas atitudes e regulava o seu passo de forma a não trair em nada as incomodidades de que o corpo sofria.

Tornou-se capaz de conter as lagrimas, de sorrir, de rir, quando se sentia a beira do choro. Como parecia ser a mais alegre no convento, passava por ser a mais feliz. Um dia, uma irmã, ao prender-lhe o escapulário, fincou um longo alfinete na pele do seu ombro; Teresa mal estremeceu e, para não contristar a companheira, que não se dera conta de nada, foi tratar das suas ocupações ordinárias sem tirar o alfinete.
Deus por toda a parte, Deus em toda a parte. Um esforço constante por agradar-lhe. Esperar dEle apenas uma coisa: que lhe concedesse os meios para tanto. O menor gesto de atenção que o senhor nos permite ter para com Ele traz consigo a sua recompensa. Queixamo-nos de que não nos acompanha? Ele acompanha-nos quando nEle pensamos, está presente nessa cabeça que nEle pensa, nesse coração que o ama, nesse propósito de lhe dar gosto.


Não há razão para desejar que nos dê arroubamentos, êxtases, nem mesmo consolações, numa vida em que cada sentimento e cada gesto são dedicados ao seu serviço, e em consequência estão impregnados dEle.

É exatamente o oposto do non serviam, do "não servirei" de Satanás. A alma deixa-se conduzir sem resistência pelo amor, como uma criança que o pai segura pela mão e que portanto, pode fechar os olhos, pois pouco importa que ela o veja ou deixe de ver. A alma de Teresa não vê Jesus, mas o seu amor descobre-o a cada passo.

Do Livro; "Teresa de Lisieux", Henri Ghéon. "Amadurecimento Interior", Pág. 106, 107.

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