Meu Deus eu Creio, Adoro, Espero e Amo-Vos. Peço-Vos perdão para todos aqueles que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam.

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Formação Católica

11 setembro 2015

PAPAS VIVENTES - COMENTÁRIO ELEISON - 385

PAPAS VIVENTES
CCCLXXXV (385) - (29 de novembro de 2014)

A Igreja precisa de Papas vivos, ainda que maus eles sejam.
Não conseguirão exterminá-la, por mais loucos que estejam.

            Em 29 de janeiro de 1949, o Papa Pio XII fez as seguintes observações sobre a importância do Papa: Se algum dia – falando puramente de modo hipotético – a Roma material colapsar; se algum dia forem enterrados sob as ruínas desta basílica Vaticana, símbolo da única vitoriosa e una Igreja Católica, os tesouros históricos e tumbas sagradas que ela guarda, ainda assim a Igreja não estará demolida ou dividida. A promessa de Cristo a Pedro se manterá verdadeira, o papado durará para sempre, assim como a Igreja, una e indestrutível, fundada sobre o Papa então vivente”.

            Como essas palavras são doutrina clássica da Igreja (apenas o sublinhado foi acrescentado), a repousar como o fazem sobre as próprias palavras de nosso Senhor (Mt 16, 16-18), não é então de se estranhar que desde 1962, quando os papas viventes se tornaram conciliares, milhões e milhões de católicos foram continuamente induzidos a se tornarem do mesmo modo conciliares e liberais. Os sedevacantistas só podem ver uma única saída para o problema, que é negar absolutamente que os Papas conciliares sejam Papas. Isto pode parecer ser senso comum, mas para a maioria dos católicos parece ainda mais ser senso comum que a Igreja designada por Deus para repousar sobre o Papa vivente não pode ter existido no decorrer da última metade do século (1962-2014) sem este.

            É fácil ver como o declínio da civilização cristã desde o auge da Idade Média levou à presente corrupção dos Papas viventes. É fácil ver como Deus pode ter permitido essa espantosa corrupção para punir esse espantoso declínio. O que é menos fácil de ver é como a Igreja pode continuar viva quando os Papas viventes nos quais ela está fundada estão convencidos de que o liberalismo, que é guerra contra Deus, é católico. Nas próprias palavras de Nosso Senhor: Não pode uma árvore boa dar maus frutos nem uma árvore má dar bons frutos (Mt 7, 18).
         
            Mas uma árvore metade boa e metade má pode produzir frutos metade bons e metade maus. No entanto, se vista como um todo, uma mistura de bem e mal é má, mas isto não significa que, ao ser vista parte por parte, as boas partes da mistura sejam más como as partes más. Um câncer no fígado me matará, mas isso não significa que eu tenha câncer nos pulmões. Ora, nenhum homem da Igreja vivente, como qualquer homem vivo, é completamente bom ou completamente mau. Nós todos somos uma mistura flutuante até o dia em que morremos. Pode então já ter havido um Papa vivente cujos frutos foram completamente maus? Só há uma resposta possível: não. Deste modo, a Igreja Católica pode ter vivido a metade dos últimos cinquenta anos sobre a metade boa dos frutos dos Papas conciliares, e Deus permitiu essa vida pela metade a fim de que a Sua Igreja fosse purificada, sem, no entanto, jamais deixar que isso vá tão longe a ponto de liquidá-la.

            Assim, por exemplo, Paulo VI chorou pela ausência de vocações. Bento XVI aspirou à Tradição. Mesmo o Papa Francisco certamente pretende levar o homem a Deus quando ele rebaixa Deus ao nível dos homens. Portanto, os Papas conciliares estão terrivelmente equivocados em suas ideias, fatalmente ambíguas na Fé onde há a necessidade de que ajam absolutamente sem ambigüidades, e a Igreja esteve e está morrendo sob eles; mas quaisquer partes neles que ainda sejam boas têm possibilitado que a Igreja prossiga, e eles têm sido necessários como cabeças viventes para dar continuidade ao corpo da Igreja vivente, tal como disse Pio XII. Então não temamos que a eles seja permitido exterminar a Igreja, mas vamos de nossa parte lutar contra seu liberalismo com unhas e dentes, e orar por seu retorno à sanidade católica, pois nós precisamos deles para a vida de nossa Igreja

Kyrie eleison.

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