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Formação Católica

08 setembro 2015

PAPAS FALÍVEIS - COMENTÁRIOS ELEISON - 374

PAPAS FALÍVEIS
ELEISON COMMENTS - CCCLXXIV (374) - (13 de setembro de 2014):


            Nem os liberais nem os sedevacantistas gostam que se diga que eles são como cara e coroa de uma mesma moeda, mas isto é verdade. Nenhum deles, por exemplo, concebe uma terceira alternativa. Vejam como Dom Fellay, em sua Carta aos Três Bispos de 14 de abril de 2012, não conseguia enxergar nenhuma alternativa ao seu liberalismo que não fosse o sedevacantismo. Em contrapartida, para muitos sedevacantistas, se um sujeito aceita que qualquer um dos papas conciliares tenha sido realmente Papa, só pode ser então um liberal; e se alguém critica o sedevacantismo, então está a promover o liberalismo. Mas não é assim, absolutamente!

            Por que não? Porque ambos estão cometendo o mesmo erro de exagerar a infalibilidade do Papa. Por quê? Seria porque eles são homens modernos que acreditam mais nas pessoas do que nas instituições? E porque deveria ser esta uma característica do homem moderno? Porque mais ou menos a partir do protestantismo em diante, cada vez menos instituições têm verdadeiramente buscado o bem comum, enquanto mais e mais têm buscado algum interesse privado tal como o dinheiro (minha reclamação contra vocês), o que naturalmente diminui nosso respeito por elas. Por exemplo, bons homens impediram por um tempo a corrupta instituição bancária moderna de produzir imediatamente todos os seus efeitos maléficos, mas os “banksters” corruptos de hoje estão finalmente mostrando o que as instituições do sistema bancário de reserva fracionária e os bancos centrais são em si mesmos desde o princípio. O Diabo está nas estruturas modernas graças aos inimigos de Deus e do homem.

            Assim, é compreensível que os católicos modernos tendam a colocar muita fé no Papa e muito pouca na Igreja, e aqui está a resposta ao leitor que me perguntou por que eu não escrevo sobre a infalibilidade da mesma maneira que fazem os manuais clássicos de teologia católica. Esses manuais são maravilhosos ao seu modo, mas foram todos escritos antes do Vaticano II, e tendem a atribuir ao Papa uma infalibilidade que pertence à Igreja. Por exemplo, a infalibilidade, em seu ápice, é passível de ser apresentada nesses manuais como uma definição solene do Papa, ou do Papa com o Concílio, mas de qualquer modo, do Papa. O dilema liberal-sedevacantista é, por assim dizer, um castigo, a consequência dessa tendência de superestimar a pessoa e subestimar a instituição, pois a Igreja não é uma instituição meramente humana.

            Pois, em primeiro lugar, a cobertura de neve do Magistério Solene sobre a montanha do Magistério Ordinário é apenas o cume de um modo muito limitado – é totalmente dependente do cume da rocha sob a neve. E em segundo lugar, pelo mais autorizado texto da Igreja sobre a infalibilidade, a Definição do verdadeiramente católico Concílio Vaticano I (1870), nós sabemos que a infalibilidade do Papa provém da Igreja, e não o contrário. Quando o Papa emprega as quatro condições necessárias para o ensinamento ex cathedra, então, diz a definição, ele possui “...aquela infalibilidade da qual o divino Redentor quis que gozasse Sua Igreja na definição da doutrina...” Mas, claro! De onde mais poderia vir a infalibilidade senão de Deus? Os melhores seres humanos, e alguns Papas foram muito bons seres humanos, podem ser inerrantes, ou seja, podem não cometer erros, mas por terem eles o pecado original, não podem ser infalíveis como só Deus pode ser. Se eles são infalíveis, a infalibilidade deve vir por sua humanidade, mas de fora, de Deus, que decide concedê-la por meio da Igreja Católica, e essa infalibilidade precisa ser um dom apenas momentâneo, conforme a duração da Definição.

            Portanto, fora dos momentos ex cathedra de um Papa, nada o impede de falar contrassensos tal como o faz a nova religião do Vaticano II. Assim, nem os liberais nem os sedevacantistas precisam ou devem dar atenção a tais contrassensos, porque, como Dom Lefebvre disse, eles têm dois mil anos de ensinamento Ordinariamente infalível da Igreja pelo qual se julga tratar-se de contrassensos.

Kyrie Eleison.

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