Meu Deus eu Creio, Adoro, Espero e Amo-Vos. Peço-Vos perdão para todos aqueles que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam.

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Formação Católica

07 setembro 2015

IGNORÂNCIA INOCENTE? - COMENTÁRIOS ELEISON 213

IGNORÂNCIA INOCENTE?
ELEISON COMMENTS CCXIII (13 de agosto de 2011)

Um leitor fez uma pergunta vital: “Se um bom protestante viveu uma boa vida, mas, no entanto, crê firmemente que a Fé Católica está equivocada, pelo que nem sequer considera ingressar na Igreja Católica, pode ainda salvar-se? A pergunta é vital (do latim ‘vita’, que significa ‘vida’) porque significa vida ou morte eterna para um número incontável de almas.

Para responder, o primeiro que deve dizer-se é que cada alma que apareça no instante de sua morte ante o tribunal de Deus será julgada por Ele com uma justiça perfeita e uma perfeita misericórdia. Só Deus sabe o que está mais recôndito no coração do homem, o que o homem pode esconder até para si mesmo, sem mencionar o que esconde aos outros homens. Os homens podem julgar erroneamente, mas Deus nunca. Portanto o “bom protestante” será condenado pelos seus próprios atos ou salvo por Deus, exatamente de acordo com o que Deus sabe que ele mereça.

No entanto, sobressai à razão que se Deus quer que todos nós nos salvemos (I Timóteo II, 4) e  exige que creiamos baixo pena de condenação (Marcos XVI, 16), deve haver-nos dado o conhecimento do que devemos crer e o que devemos fazer para salvar nossas almas. Logo então, o que é que um “bom protestante” deve crer?

Pelo menos uma alma, para ser salva, deve crer que Deus existe e que premia ao bom e castiga ao mau (Heb. XI, 6). Se um “bom protestante” que levou uma “boa vida” não crê isso, não pode salvar-se. Mas muitos teólogos Católicos vão mais além e dizem que para alguém ser salvo deve crer também na Santíssima Trindade e em Cristo como Redentor. Se esses teólogos estão certos, então poderíamos contar muitos outros “bons protestantes” que não podem salvar suas almas.

E Deus pode exigir que eles creiam mais do que aquilo que se considera meramente básico, segundo a quantia de oportunidades que tiveram em sua vida para aprender a Verdade que procede d’Ele. Se são ignorantes do resto da Fé Católica, não é por acaso porque nunca se depararam com esta? Pode ser, porém também pode não ser. Eu recordo de minha mãe relatar com admiração de como certa vez um sacerdote Católico respondeu todas as perguntas sérias de meu avô, “bom protestante”, mas que eu saiba isso não deu seguimento algum. Se então os “bons protestantes” se depararam, pelo menos uma vez, com a verdade Católica, por quê então não deram seguimento? Ao menos que ela tenha sido apresentada de uma maneira incorreta, estavam de fato rechaçando a verdade. Poderiam tê-la rechaçado sem culpa alguma? Então a rechaçaram inocentemente ou deliberadamente? Os “bons protestantes” facilmente se consideram inocentes, igual que todos nós, porém nenhum de nós pode enganar a Deus.

Todavia, também existe aquilo que um “bom protestante” deve fazer para ser salvo. Ele pode não saber tudo o que a Igreja Católica nos exige quanto à moral, porém tem pelo menos a luz natural de sua consciência inata. Agora, pode ser realmente difícil com o pecado original e sem ajuda alguma dos sacramentos Católicos seguir a luz natural de nossa consciência, porém se alguém a viola seriamente ou a deforma, é fácil viver e morrer em pecado mortal, estado no qual nenhuma alma pode salvar-se. Novamente, os “bons protestantes” podem declarar-se ignorantes da totalidade da lei de Deus segundo um Católico possa conhecê-la, mas será sua ignorância verdadeiramente “invencível”, quer dizer, inocente? Por exemplo, verdadeiramente não sabia, ou em realidade não era seu desejo saber, que os métodos artificiais de controle de natalidade desagradam seriamente a Deus?

Deus sabe. Deus julga. Possa Nossa Senhor ter piedade de todos os “bons protestantes”  e de todos nós.

Kyrie eleison.

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