Meu Deus eu Creio, Adoro, Espero e Amo-Vos. Peço-Vos perdão para todos aqueles que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam.

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Formação Católica

08 janeiro 2016

SACRILÉGIO NA CONFISSÃO - O CASO DE UMA ALMA CONDENADA POR ESTE PECADO

O Inferno e a importância da Confissão




Exemplo de uma senhora que por muitos anos calou na Confissão um pecado desonesto.

Refere Santo Afonso e mais particularmente o Padre Antônio Caroccio, que passaram pelo País em que vivia esta senhora, dois religiosos, e ela, que sempre esperava confessor forasteiro, rogou a um deles que a ouvisse em Confissão, e confessou-se.

Logo que partiram os Padres, o companheiro disse ao confessor ter visto que, enquanto a senhora se confessava, saíam de sua boca muitas cobras e uma serpente enorme deixava ver fora sua cabeça, mas voltava de novo para dentro, e após ela, todas as que antes saíram.

Suspeitando o confessor o que aquilo poderia significar, voltou à cidade e a casa daquela senhora, onde lhe disseram que ela, no momento de entrar na sala, morrera repentinamente.


Por três dias seguidos jejuaram e oraram por ela, suplicando ao Senhor que lhes manifestasse aquele caso.

Ao terceiro dia apareceu-lhes a infeliz senhora condenada e montada sobre um demônio, em figura de um dragão horrível com duas serpentes enroscadas ao pescoço, que a afogavam e lhe comiam os peitos, uma víbora na cabeça, dois sapos nos olhos, setas ardentes nas orelhas, chamas de fogo na boca e dois cães danados que lhe mordiam e lhe comiam as mãos; e dando um triste e espantoso gemido, disse : __ Eu sou a desventurada senhora que vossa  Rvma. confessou há 3 dias.


Conforme eu ia confessando, meus pecados saíam de minha boca e aquela serpente enorme, que o companheiro viu sair de minha cabeça e voltou depois para dentro, em figura dum pecado desonesto, que calei sempre por vergonha; quis confessá-lo com v. Rvma., mas também não me atrevi e por isso, voltou a entrar dentro, e com ele todos os mais que haviam saído.

Cansado já Deus de tanto esperar-me, tirou-me repentinamente a vida e me precipitou no Inferno, onde sou atormentada pelos demônios em figura de horrendos animais.

A víbora me atormenta a cabeça pela minha soberba e excessivo cuidado em pentear os cabelos, os sapos cegam-me os olhos, por meus olhares lascivos; as flechas acesas me atormentam os ouvidos, porque escutei murmurações, palavras e cantigas obscenas; o fogo abrasa-me a boca pelas murmurações e beijos torpes; tenho as serpentes enroscadas no pescoço e me comem os peitos, porque os levei dum modo provocativo, pelo decote de meus vestidos e pelos abraços desonestos; os cães me comem as mãos, pelas más obras e tatos impuros, mas o que mais me atormenta é o horroroso dragão, em que vou montada, e que me abrasa as entranhas em castigos de meus pecados impuros.

Ai! Que não há remédio para mim, senão tormentos e pena eterna! Ai das mulheres, acrescentou; porque muitas delas se condenam por 4 gêneros de pecados: por pecados de impureza, pelas galas e enfeites, por feitiçaria e por calar pecados nas Confissões.

Os homens se condenam por toda a classe de pecados, mas as mulheres, principalmente por estes quatro pecados.

Disto isto, abriu-se a terra e por ela entrou esta infeliz mulher, até o mais profundo do Inferno, onde padece e padecerá por toda a eternidade!



 [fonte: O caminho reto, de santo Antônio Maria Claret, pág. 99 e 100]

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