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Formação Católica

10 setembro 2015

FÉ DEBILITADA - COMENTÁRIO ELEISON - 404

FÉ DEBILITADA
CDIV (404) - (11 de abril de 2015

Quando a Fé não está em jogo, deve-se obedecer?
A fé da Fraternidade está hoje de debilidade a padecer.


            O editorial em um boletim recente de um Priorado, escrito por um honrado colega da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, mostra uma das principais razões pelas quais os sacerdotes da Fraternidade até o momento não se uniram à “Resistência” – eles ainda não acreditam que a Fé esteja em jogo. Gostaríamos de saber o que mais seria preciso para convencê-los. Isso reforça a certeza de que os líderes no Quartel General da FSSPX estão convencidos de que eles mesmos não estão mudando a Fé, o que faz com que seja muito mais fácil continuar persuadindo os sacerdotes e leigos da Fraternidade de que eles não estão mudando a Fé. Mas, se eles tivessem a Fé verdadeira, como poderiam estar sonhando em pôr sua defesa lefebvriana sob o controle dos neomodernistas em Roma?

            O título do editorial é “Obedecendo aos Superiores Falíveis”. Ele reconhece que a resistência a Superiores falíveis é legitima quando a Fé está em jogo, mas o editorial enfatiza mais os limites que devem ser definidos para tal resistência: anarquia e desrespeito à autoridade nunca são lícitos; obediência aos Superiores legítimos é essencial em qualquer sociedade; os Superiores têm graças especiais de Estado; deve-se ter cuidado ao alertar o rebanho que não pode fazer as distinções necessárias; há um perigoso espírito de independência circulando pelo mundo atualmente (Bento XV); nomes ofensivos devem ser evitados, etc. – os princípios são impecáveis. O problema reside em sua aplicação.

            Por exemplo, enquanto evita nomes ofensivos, o editorial reconhece, no entanto, que Pio IX classificou os “católicos liberais” como os “piores inimigos” da Igreja. De fato, em qualquer crise da Igreja, identificar e nomear os inimigos da Igreja – como se fez, por exemplo, com os “Protestantes” da Reforma – é o primeiro grande passo para se poder combatê-los. O autor do editorial indubitavelmente admitiria isso nas situações em que a Fé está em jogo, enquanto seguiria negando que há alguma crise de Fé dentro da Fraternidade. Mas Padre, o senhor acha que os católicos liberais do século XIX que foram objeto da condenação de Pio IX teriam negado nem que fosse um dos Artigos de Fé? Pelo contrário, eles teriam vigorosamente afirmado sua crença em cada um deles. E, no entanto, eles não condenaram com o mesmo vigor o Sílabo dos Erros de Pio IX? O problema que há para que uma mente moderna seja católica reside não em sua aceitação ou rejeição de alguma verdade de Fé, mas em sua subversão instintiva de qualquer verdade que seja; e essa espantosa dissolução da mente é, sem um milagre divino, um problema virtualmente insolúvel para e da Fé.

            E isso atingiu a cúpula da Fraternidade. Padre, o senhor reconhece que a “hermenêutica da continuidade” de Bento XVI equivale à suspensão da lei da não contradição? Já estudou o parágrafo III.5 da Declaração Doutrinal de abril de 2012 de Dom Fellay, um documento que ele circunstancialmente “retirou”, mas do qual nunca substancialmente se retratou? Ele afirma que as declarações não Tradicionais do Vaticano II devem ser interpretadas como Tradicionais. Isso não é um exemplo perfeito de “hermenêutica da continuidade”, de interpretação se exaltando sobre a realidade? Então você realmente acha que a Fraternidade não tem problema de fé quando seu Superior se une a Roma para suspender a lei da não-contradição, e nada, tão alegremente quanto um peixe n’água, em contradições e no que Churchill graciosamente chamou de “inexatidões terminológicas”?

            De qualquer forma, o senhor também diz que todo aquele que “duvida de que a hierarquia ainda possa existir no início do século XXI exclui a si mesmo da vida católica”. Façamos uma distinção: se alguém duvida disso em princípio, pode-se concordar com o senhor; mas se este alguém está simplesmente a relatar o que se observa na prática, não pode ser que esteja meramente a observar a extensão, um século mais tarde, daquilo que você mesmo menciona: o que Bento XV já em 1914 observava como “o perigoso espírito de independência”?

Kyrie eleison

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