Meu Deus eu Creio, Adoro, Espero e Amo-Vos. Peço-Vos perdão para todos aqueles que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam.

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Formação Católica

07 setembro 2015

“ESFORCE-SE MAIS!” - COMENTÁRIO ELEISON - 174



“ESFORCE-SE MAIS!”
ELEISON COMMENTS CLXXIV (13 de novembro de 2010)


Um amigo não-católico que conheço há mais de 50 anos me disse recentemente: “Como eu invejo a sua certeza!” Imagino que ele quisesse dizer que gostaria de poder acreditar no que os católicos acreditam, mas sente que não é capaz. Fiquei tentado a responder: “Esforce-se mais!” mas, naquele momento, fiquei quieto.

Ainda que acreditar seja um ato de inteligência e não de vontade, para que a inteligência humana acredite nas verdades sobrenaturais da Fé, que são intrinsecamente superiores a sua capacidade natural, ela tem de ser empurrada pela vontade. Assim, ainda que acreditar no sobrenatural não seja um ato de vontade, não é possível sem um ato de vontade. “Ninguém acredita contra a sua vontade”, diz Santo Agostinho. É por isso que não é tão irracional quanto parece ser aconselhar alguém cuja inteligência não acredita a “esforçar-se mais”. Porque, se as crenças em direção às quais a vontade empurra são objetivamente verdadeiras, esse conselho não fará mais que aumentar o desejo pela realidade.

Em primeiro lugar, se um homem real e verdadeiramente inveja a certeza dos fiéis católicos, ele deve aplicar a sua inteligência em estudar quão sensatas são as crenças católicas. Elas podem estar acima da razão humana, mas não contra ela. Como poderiam estar contra a razão? Como Deus poderia ser o criador de nossa razão humana e ordenar acreditar em verdades que desprezem essa razão? Ele estaria se contradizendo. Santo Tomás de Aquino em sua “Summa Theologiae” está constantemente mostrando como a fé e a razão são bastante distintas, mas estando em perfeita harmonia uma com a outra.

Logo, o que a razão humana pode fazer, e o que meu amigo deve fazer, é construir uma rampa natural em direção à Fé sobrenatural, por exemplo, estudando os argumentos inteiramente sensatos que provam a existência de Deus, a divindade do homem Jesus Cristo e sua divina instituição da Igreja Católica Romana. Esses argumentos estão bem ao alcance da razão natural, enquanto a vontade não estiver empurrando em sentido contrário, porque a inteligência mal aplicada nunca reconhecerá a verdade que está diante dela. A vontade deve querer a realidade, caso contrário, a inteligência nunca encontrará a verdade. A verdade para nós, homens, encontra-se na conformidade de nossas mentes com a realidade.

Uma vez que um homem tenha feito tudo o que pode com reta razão e vontade para compreender a sensatez da fé, ele ainda assim não terá a fé sobrenatural, que continua a ser um dom de Deus. No entanto, como Deus pode exigir de nós que acreditemos (sob pena de condenação eterna – Mc. XVI, 16), e recusar o dom da fé a uma alma que tenha feito tudo ao seu alcance natural – e Deus não se engana – para preparar-se para esse dom? Sobretudo se, como é sensato, depois de fazer tudo o que me é possível, eu em oração humildemente peça-lhe esse dom? Ele resiste aos soberbos, mas dá seus dons aos humildes (Tiago IV, 6), e ele se deixa encontrar por aqueles que o procuram com um coração reto (Deut. IV, 29; Jer. XXIX, 13; Lam .III , 25 e muitas outras citações do Antigo Testamento).

Caro amigo, leia e pergunte. É mais provável que você também tenha essa certeza se se esforçar mais.

Kyrie eleison.

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