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Formação Católica

08 setembro 2015

DECLARAÇÃO DOUTRINAL I - COMENTÁRIOS ELEISON - 300

DECLARAÇÃO DOUTRINAL I
ELEISON COMMENTS  CCC  - (300) 13 de abril de 2013


A Declaração Doutrinal de 15 de abril do ano passado, elaborada pelo Superior Geral (SG) da Fraternidade Sacerdotal São Pio X como base para a reintegração da Fraternidade à Igreja mainstream, veio quase um ano depois às vistas do público. Foi projetada pelo SG para agradar tanto aos Católicos Romanos quanto aos Tradicionalistas (“Não pode ser lida com óculos escuros ou cor-de-rosa”, ele disse em público). Ela agradou aos Romanos que declararam que ela representava um “avanço” na direção deles. Não agradou aos Tradicionalistas que viram nela (o que eles conheciam dela) ambiguidade o bastante para representar uma traição à resistência do Arcebispo Lefebvre pela Fé Católica, ao ponto que eles consideraram que os Romanos precisavam apenas ter aceito isso para destruir sua Fraternidade.

De fato quando o SG encontrou com os Romanos em 11 de junho em Roma para receber a decisão deles, ele esperava totalmente que eles a aceitariam. Numerosos observadores especularam que se eles não aceitassem isso, seria apenas porque a interferente publicação de 7 de abril, a Carta dos Três Bispos ao SG, mostrou aos Romanos que ele não seria capaz de trazer toda a Fraternidade com ele para o seio da Roma Conciliar, como ele tinha dado a entender que conseguiria fazer, e como eles queriam que ele fizesse. Eles não queriam e não querem outra divisão que desse início novamente à Tradição.

Seja o que for, prevalece o principal argumento: o de que a proposta da Declaração Doutrinal, se tivesse sido aceito por Roma, teria destruído a FSSPX. O Arcebispo Lefebvre declarou, e provou, que o Vaticano II foi uma quebra ou ruptura com o ensino anterior da Igreja. Nessa premissa se levantou, e permanece, o movimento Católico Tradicional. Então, confrontado pela resistência permanente daquele movimento ao seu amado Vaticano II, Bento XVI proclamou no início do seu pontificado, em 2005, a “hermenêutica da continuidade”, pelo que o Concílio (objetivamente) contradizendo a Tradição era para ser (subjetivamente) interpretado como não a contradissesse. Assim, não haveria quebra ou ruptura entre ele e Tradição Católica.

Agora o sétimo parágrafo (III, 5) da Declaração Doutrinal. Ela declara que as afirmações do Vaticano II que dificultam a reconciliação com todo o ensino anterior da Igreja, (1) “devem ser entendidas à luz da Tradição inteira e ininterrupta, em linha com as verdades ensinadas pelo Magistério precedente da Igreja, (2) não aceitando qualquer interpretação dessas afirmações que possam levar a doutrina católica a ser exposta em oposição ou ruptura com a Tradição e esse Magistério”.

A primeira parte aqui (1) é perfeitamente verdadeira, contanto que signifique que qualquer novidade Conciliar “difícil de reconciliar” deva ser terminantemente rejeitada se contradisser objetivamente o ensino anterior da Igreja. Mas (1) é contradita por (2) quando (2) diz que nenhuma novidade Conciliar possa ser “interpretada” como sendo uma ruptura com a Tradição. É como dizer que todos os times de futebol devem usar camisetas azuis, mas as camisetas de futebol de qualquer outra cor serão todas interpretadas como sendo azuis! Que coisa sem sentido! Mas isso é pura “hermenêutica da continuidade”.

Agora, os soldados que sustentam as últimas fortalezas da Fé que são organizadas por todo o mundo percebem o que o seu Comandante está pensando? Eles percebem que sua solene declaração da doutrina da FSSPX mostra que ele está pensando como o um líder inimigo? Eles estão felizes por estarem sendo levados a pensar como os inimigos da Fé? Todas as ideias devem ser católicas, então ideias não católicas serão “interpretadas” como católicas. Acordem camaradas! O pensamento inimigo está no Quartel General.
                                                                                                       
Kyrie eleison.

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