Meu Deus eu Creio, Adoro, Espero e Amo-Vos. Peço-Vos perdão para todos aqueles que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam.

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Formação Católica

22 junho 2015

A DEPOSITÁRIA DAS RECORDAÇÕES



A depositária das recordações.


"Não é grata ao coração dos mortos, não é consoladora essa reconstituição, pelo pensamento, da família, que a morte dis­persou.

Mãe! esse filho que morreu em teus braços, a esta hora é o amigo, o irmão o companheiro de teu anjo da guarda perto de ti, a teu lado talvez; ele te diz baixinho: Não chores, mãe, eu sou feliz!

Filho! tua mãe, teu pai, mortos na paz do Senhor, são como outrora, embora de um modo invisível, teu guia, teu conse­lheiro, teu defensor!

Amigos, irmãos, esposos! aquele que o bom Deus chamou a si, não cessa de vos amar: mais puro com a expiação do pur­gatório, mais amante pela sua união com Deus, no Céu ele será para convosco tudo o que era na terra, e ainda mais clara e poderosamente!

Nutri-vos destas ideias, pobres almas aflitas; os sentimentos que elas desper­tarem suavizarão a amargura de vossa dor. Se tais sentimentos perseverarem, se fi­zerem permanência em vossa vida, oh! como os dias vos correrão tranquilos! Mas, ah! o sentimento é de sua natureza passageiro: tanto mais impressionável quanto mais delicado, o coração também vê apagarem-se, pouco a pouco, suas im­pressões substituídas por outras. Os ves­tidos do luto ficam durante algum tempo a avivar nossas recordações queridas, mas esses vestidos se deixam, e com eles aliviam-se primeiro e depois desaparecem também as lembranças.

Pobre natureza humana! a Igreja bem o conhece, e, não querendo que nos tor­nemos esquecidos, constituiu-se, em nome de Deus, a depositaria das recordações de nossos mortos.

Vejamos o que ela fez.
Consagrou um dia inteiro todos os anos, à oração pelos finados. Nesse dia, reveste-se de todas as suas pompas fúne­bres e nos conduz todos ao cemitério a olhar mais uma vez o túmulo dos nossos mortos.

Quis que um dia de cada semana, a segunda-feira — fosse especialmente con­sagrado a sufragar os falecidos, e, em muitas Ordens religiosas, junta-se nesse dia ao Ofício canônico — o dos mortos.

Dispôs que no fim de cada Ofício, isto é, sete vezes por dia, todos os sacerdotes e religiosos tivessem uma lembrança em favor dos mortos e rogassem a Deus para eles o descanso e a paz.

Instituiu aniversários, a fim de que as famílias viessem regularmente, todos os anos, ajoelhar-se ao pé do altar para pe­dir de um modo particular por seus de­funtos.

Determinou que todas as manhãs, no santo sacrifício da Missa, houvesse uma recomendação e um memento especial pelos mortos. Concedeu indulgências particulares às orações pelos defuntos, e permitiu que se aplique em favor deles grande número de indulgências ganhas por orações e boas obras. Aprova, sustenta e encoraja a funda­ção das confrarias consagradas ao cuida­do dos mortos.

Vós que praticais o culto dos mortos, amai a Igreja que tem a missão de con­servá-lo em vossos corações! Aquele que não vai mais à Igreja, esquece depressa os mortos!"

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